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Baseado num sonho de Darth Lois. Escrito e composto por buk.
-PRELÚDIO
No céu brincam os anjos
Com tambores e banjos
Eles querem cantar
Mas não sabem tocar
Eles querem prelúdio
Mas não têm estúdio
No céu brincam os anjos
Não nos demoremos...
Herooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooodes... Atenos
-CANTO I
I
São Pedro veio correndo
e disse pra São José:
convoque todos os anjos
pra ouvirem com fé
pois a história de um herói
hoje irei contar
ao norte o nome de um homem
irão santificar
Herodes Atenos
todos o chamarão
eu canto sua história
então preste atenção...
II
num dia qualquer
de uma aldeia medieval
trombetas soavam
avisando o pessoal
que ele na vila passa
juntando na praça
crianças catarrentas
e velhotas peçonhentas
ele matou dragões
e não foi dos pequenos
Bravo! Bravo! Bravo!
Herodes Atenos!
III
filho de puta com aldeão
em seu burro Gentileza
com dois troféus na mão
desfilava sua nobreza
era perseguido
por todas camponesas
ele era varão
o maior das redondezas!
as glórias que recebia
presentes amenos
para sua Bravura
Herodes Atenos!
IV
com o Dragão Notheador
lutara bravamente
voltou vitorioso
da Batalha de São Clemente
nos campos da guerra
fazia carnaval
andava em seu burrinho
porque achava legal
não usava o arco
e nem tinha espada
usava o arpão de couro
que ganhou de uma sa–fada...
V
carregava sempre
a cabeça de um dragão
depois que trabalhava
era o rei da perversão
se via uma donzela
chopp, vinho, ou bacanal
sorria e mostrava
ser um mouro anormal
Grande! Grande! Grande!
Herodes Atenos
ele era fodão
até onde nós sabemos...
VI
vida de herói
vida de orgia
ele enchia a cara
e dava um bago todo dia
as virgens se entregavam
sem pedir dinheiro
vinho pra descer
com a costela de carneiro
não era dependente
Herodes Atenos
enquanto dormia
ele bebia muito menos...
VII
“Mas o destino é um fardo
que ninguém leva sozinho”
já disse o nosso amigo
Santo Agostinho
logo que nasceu
quanto mau agouro
um duende fez o parto
e encontrou dentes de ouro
era um sinal
de pura maldição
sete pragas esperavam
nosso nobre garanhão...
la, la, la, la, la...
-CANTO II
irresponsável na taberna
o povo dança e faz baderna
esquecidos da caverna
onde terrível mal hiberna
adormecida com as aranhas
escondida entre as montanhas
ela espera o despertar
assim que o sol for descansar
A Bruxa!
com apetite insaciável
e bafo desagradável
de camponeses
viajantes
minotauros
e gigantes
comia todos com euforia
mas nenhum satisfazia
até que chegou o dia
de bobeira, numa orgia
ela ouviu aquele nome
acertar-lhe o abdome
um guerreiro de renome
aguçar a sua fome
Herodes Atenos varão,
com seu burro e seu arpão!
se os dragões ele matava
e as donzelas encantava
era tudo
já bastava
é o que ela procurava
e agora ela levanta
e procura pela janta
com o coração em festa
sai voando na floresta
(escorrendo da chavasca
fina chuva sobre o prado
excitada vai a bruxa
procurando o bem-dotado...)
-CANTO III
Herodes sabia lutar com um dragão
mas muito pouco sobre o coração
mulheres pra ele eram só diversão
trazer mais bebida, limpar seu calção
fodia boceta só por perversão
comia um cu como quem come um pão
até que um dia ele viu lá no céu
a bruxa que vinha igual um rojão
soltando fumaça
peidando no ar
abrindo a chavasca
pra lhe devorar
ele ficou pasmo olhando pro ar
nem viu que a bruxa vinha pra matar
ela soltou fogo
poder nuclear
e a vila inteira se pôs a queimar
Herodes mais forte do que um caminhão
nem se arranhou
só levou um tombão
aquela bruxa mais feia que o cão
causou no herói uma forte impressão
nunca sentira aquele calor
Herodes
no chão
descobriu o amor
-CANTO IV
oh, Herodes
você está caído no chão
oh, Herodes
por que tanta hesitação?
oh, Herodes
veja quanta destruição
oh, Herodes
levante e use o seu arpão
oh, Herodes
e salve este povo cagão
oh, Herodes
que a bruxa já volta no céu
pra matar você
pra comer você
quem vai nos defender?
a gente vai se foder
mas a bruxa a um jantar sem briga
preferia comer sapo com urtiga
preferia churrasquinho de lombriga
a ter um frouxo na sua barriga
e com fome ela quis se vingar
e jogou sete pragas no povo
que acabavam e atacavam denovo
e a vila se pôs a sofrer
a morrer
com as sete pragas...
(um)
pelo na roupa e cabelo na sopa
(dois)
leões sem cabeça com bafo de ameixa
(três)
pulga no sovaco e mofo no tabaco
(quatro)
socos confusos de mortos peludos
(cinco)
furuncu na orelha e monocelha
(seis)
peido rasante de fogo flamejante
(sete)
gelo e semente na pasta de dente
e a bruxa já cansada da baderna
voltou desanimada pra caverna
enquanto a vila tinha o coração em brasa
com a morte solta visitando cada casa
e pra aumentar a intensidade da desgraça
um Herodes triste terminou com a cachaça
e um furor foi finalmente despertado
pra expulsar o herói caído derrotado
-ADIOS
do céu caem os anjos
com um sorriso terno
eles viram marmanjos
e vão para o inferno
do céu caem os anjos
por pecados pequenos
Herooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooodes... Atenos
Made With Brizy